Inverno: óleos trazem benefícios à rotina de scalp care durante a estação

Inverno: óleos trazem benefícios à rotina de scalp care durante a estação

Com a chegada do inverno, muito se fala sobre os cuidados com a pele. Algumas marcas de cosméticos ampliam a comercialização de linhas específicas para proteção e hidratação, considerando que a estação, caracterizada pelo ar seco e pelas baixas temperaturas, promove o ressecamento e a desnaturação das proteínas cutâneas. Outro fator relevante são os banhos mais quentes, “que provocam uma remoção da oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo o manto lipídico que retém a umidade da pele”, conforme informações do site da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), exigindo, assim, tratamentos adequados e rotinas específicas de cuidados.

Assim como a pele, o couro cabeludo também demanda atenção especial no frio, uma vez que as condições climáticas do período impactam diretamente sua saúde. Nesse sentido, a indústria e os profissionais do setor têm investido no desenvolvimento de soluções a cada temporada, reforçando um ritual que não é novo, mas que tem ganhado espaço: o scalp care, ou a chamada skinificação dos cabelos.

Em conversa com o Connect, Celso Martins Junior, diretor técnico da Grandha Professional Hair Care e um dos especialistas da edição 2025 da in-cosmetics Latin America, explica que, em comparação com os fios, o couro cabeludo “se mostra muito mais sensível às oscilações de temperatura, em especial às altas e também à água quente, comum nos banhos de inverno. Esta pode promover pequenas disfunções da glândula sebácea, favorecendo a disbiose (desequilíbrio da microbiota do couro cabeludo) e o desenvolvimento de diferentes estágios de caspa, seborreia e dermatites”.

Considerando esses fatores, o especialista destaca a importância dos óleos vegetais nos rituais de cuidado. Os de abacate e semente de uva, segundo ele, têm sido os preferidos dos consumidores e podem ser empregados tanto nos cuidados com o couro cabeludo quanto no nivelamento e reparação lipídica dos fios.

Entre as inovações, Celso destaca os óleos vegetais ozonizados, que passam por um processo industrial complementar e geram novos componentes terapêuticos a partir de suas propriedades naturais. Um dos exemplos é o óleo vegetal de girassol ozonizado, “que entrega um percentual relevante de FITOL (potencial anti-inflamatório) capaz de cuidar do couro cabeludo e promover maciez e brilho para todos os tipos de cabelo”.

A versatilidade de uso também contribui para a valorização desses ingredientes na formulação de cosméticos. A aplicação pode ocorrer em rituais de pré-tratamento — com produtos aplicados instantes antes do banho, no couro cabeludo e nos fios, para posterior lavagem — ou em tônicos pós-banho, enriquecidos com óleos essenciais específicos, especialmente os florais, conforme exemplifica o especialista.

As possibilidades de utilização ganham ainda maior importância para profissionais de formulação e desenvolvimento de cosméticos em meio às tendências de cuidados e desenvolvimento da área. O artigo “Cabelos: tendências e inovações que transformarão o mercado para 2025”, publicado no site da WGSN, destaca que a categoria capilar apresentou aumento durante a pandemia. “No Brasil, por exemplo, o valor do mercado teve um crescimento de 4,4 milhões de dólares em 2020, enquanto marcas premium de cuidados capilares cresceram 48% globalmente no mesmo período”.

O texto informa que o conceito “intelectualismo capilar”, tendência que estimula o público a priorizar produtos e serviços personalizados para atender a necessidades específicas se consolida, neste ano, “como um diferencial estratégico para marcas que desejam se destacar”. Consequentemente, “a busca por informação não apenas empodera os consumidores, mas também cria oportunidades significativas para negócios e serviços, impactando diretamente o mercado capilar”.

O mercado brasileiro

Em um setor de beleza e cuidados pessoais pujante como o brasileiro, os produtos voltados para cuidados capilares estão entre os mais consumidos pela população, o que impulsiona lançamentos. O Panorama do Setor 2025, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), mostra que o país — considerado o terceiro maior consumidor de cosméticos do mundo — também ocupa a mesma posição global na categoria “Cuidados com Cabelo”.

Outros dados favoráveis ao segmento vêm da Euromonitor International e destaca que as inovações apresentadas em novas categorias como óleos, ampolas, séruns, fluidos, manteigas e outros itens contribuíram para o crescimento de 14% nas vendas no ano passado, resultando em uma receita de R$ 32,3 bi, podendo alcançar R$ 44,3 bi até 2029, conforme matéria publicada no site Cosmetics Innovation (acesse aqui).

As projeções positivas no país também são evidenciadas em outro estudo. O relatório “Mercado de cuidados capilares no Brasil: análise de tamanho e participação – tendências e previsões de crescimento (2024–2029)”, da Mordor Intelligence, aponta que o segmento deve crescer a uma taxa composta anual (CAGR) de 4,92%, passando dos US$ 6,06 bilhões registrados em 2023 para US$ 7,70 bilhões até 2028.

Novos ativos e os portfólios de ingredientes voltados para cuidados capilares/scalp care desenvolvidos por empresas que são referência poderão ser conhecidos na in-cosmetics Latin America 2025.

O evento acontecerá nos dias 23 e 24 de setembro, no Expo Center Norte. O credenciamento já está aberto e pode ser feito em https://www.in-cosmetics.com/latin-america/pt-br.html, na aba “Credencie-se agora”. Aproveite!

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